Minha experiência visual estreou no technicolor do cinema americano e no noir francês. Amadureceu nos museus impressionistas e surrealistas, e flertou com a arte na gravura carioca da Turma da Urca. Teve seus 15 minutos no Salão Nacional de Arte Moderna e no MAM do Rio. E ajudou a fundar a histórica revista Malasartes.
Viajando pela AP e pelo JB, como repórter e redator, nos loucos Anos 70, cliquei o brilho do litoral, os reflexos do Velho Chico, a diversidade dos EUA e os tons pastéis de França e Europa. Meu olhar hibernou nos anos que produzi música para a Kuarup, e renasceu há pouco com a Cineviola e seus muitos DVDs.
Fazer vídeos juntou imagem e movimento, abriu horizontes e desenvolveu o enquadramento. Voltar à FotoArte me devolve a imagem parada, a lembrança das galerias, a nostalgia do jornalismo.
Devolve também a alma e o olhar, ampliados.
